Do Terra – 22/08/2013
Ativistas políticos na Síria
disseram nesta quinta-feira que o bombardeio, com uso de armas químicas, nos
arredores de Damasco, capital do país, permanece intenso. Segundo eles, cerca
de 1.300 pessoas foram mortas nos últimos dois dias em decorrência do uso
dessas armas pelo governo do presidente Bashar Al Assad, que nega as acusações.
O governo brasileiro recomenda cautela e a investigação por peritos
internacionais.
A Comissão Geral da Revolução
Síria, organização não governamental, destacou que os bombardeios atingiram
Muadamiya e Guta, na periferia de Damasco. Também foi atingido o bairro de Al
Qabun. Os comités de coordenação local, que apoiam a oposição, informaram que
houve bombardeios com artilharia pesada em outras áreas, como Jan Sheij e
Daraya.
A organização Exército Livre
Sírio (ELS), que também apoia a oposição, domina áreas próximas a Damasco. O
governo sírio lançou ontem (21) uma operação sobre bairros dos arredores da
capital, controlados pela oposição, e desmentiu que tenha utilizado armas químicas,
conforme denunciado.
A Coligação Nacional Síria, que
atua em favor da oposição, denunciou que pelo menos 1.300 pessoas morreram
ontem. Atualmente, na Síria, há uma missão de peritos das Nações Unidas
destinada a investigar três casos de ataques químicos.
O Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniu ontem à noite, mas não conseguiu
chegar a acordo para pedir formalmente uma investigação sobre o ataque químico
denunciado nessa quarta-feira pela oposição síria.
Desde o início dos confrontos na
Síria, em março de 2011, morreram mais de 100 mil pessoas e aproximadamente 7
milhões de sírios precisam de ajuda humanitária de emergência, de acordo com
balanço da ONU. Os confrontos foram deflagrados pela disputa política entre a
oposição e o presidente Bashar Al Assad, que é pressionado a deixar o poder,
mas resiste.
*Com informações da agência
pública de notícias de Portugal, Lusa
Veja algumas fotos (Atenção - as imagens são fortes):
Rebeldes sírios enterram vítimas
do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de
Damasco
Homens esperam por atendimento
após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de
Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de
Douma
Corpos são enfileirados no
subúrbio de Damasco
Nesta imagem da Shaam News
Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada
mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas
leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a
fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
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