Do Jornalistas da web –
20/08/2013
RIO DE JANEIRO (Agência Brasil) –
O presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), Jorge
Ávila, disse na segunda-feira, dia 19 de agosto, que um dos principais desafios
é o país ter um sistema de propriedade intelectual (PI) capaz de atender à
demanda crescente e sofisticada por direitos de propriedade intelectual.
“Quanto mais a economia caminha para essa economia do conhecimento, mais as
pessoas, os profissionais e as empresas precisam proteger adequadamente e ter
clareza dos seus direitos, para que eles possam ser negociados e ser objeto de contratos”,
disse.
O novo modelo de negócios da era
digital, onde a inovação tecnológica predomina, e impõe desafios na área da PI
para o futuro foi um dos temas debatidos hoje no 33° Congresso Internacional da
Propriedade Intelectual, promovido no Rio de Janeiro pela Associação Brasileira
da Propriedade Intelectual (ABPI).
Segundo Ávila, o sistema atual de
PI é ainda muito complexo e é essa complexidade que deixa muitas pessoas
excluídas do processo. Ele disse que há necessidade de se fazer um sistema mais
simples e fácil de usar, para que todos possam se beneficiar dele. “Acho que
esse é o principal desafio”.
APERFEIÇOAMENTO
DA LEGISLAÇÃO TAMBÉM É DESAFIO
Entre os outros desafios que
resultariam do desdobramento da simplificação do sistema atual, Ávila citou o
aperfeiçoamento da legislação, o fortalecimento dos institutos como o Inpi e
sua interconexão para que eles possam colaborar entre si e oferecer um ambiente
amigável para quem faz negócios transnacionais. Outro desafio é fazer com que a
informação sobre PI chegue até o usuário mais simples, incluindo profissionais
independentes e empresas de pequeno porte.
“São vários desafios que se
interconectam para que a gente possa ter um sistema que permita, com fluidez,
um comércio baseado em ativos intangíveis, em ativos do conhecimento”,
manifestou.
Na avaliação de Jorge Ávila, as
respostas para esses desafios vêm sendo dadas no Brasil e no mundo. As legislações
de patentes europeia e norte-americana mudaram no ano passado, informou. No
Brasil, também estão sendo discutidos aperfeiçoamentos legislativos. O
presidente do Inpi enfatizou que os institutos de propriedade industrial
internacionais, bem como o brasileiro, vêm sendo fortalecidos nos últimos anos.
Existe, sustentou Ávila, um
esforço grande para se criar um ambiente que seja favorável à inovação no
Brasil e no mundo. “Acho que a gente está nadando na direção certa, está
construindo isso no país e o Brasil se qualifica nesse cenário de maneira muito
positiva, quando a gente olha para o médio e longo prazo. Acho que a gente está
estruturando, sedimentando a base, para que possa ter uma economia inovadora no
futuro que está próximo”.
http://www.jornalistasdaweb.com.br/2013/08/20/propriedade-intelectual-era-digital/
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