Do Terra – 21/08/2013
Um plano da Agência de Educação
da cidade de Prabumulih, no sul da ilha de Sumatra, que propõe aplicar um teste
de virgindade nas alunas como parte dos exames de admissão ao instituto gerou
polêmica na Indonésia.
O diretor da agência, Muhammad
Rasyid, afirmou que as razões para promover a iniciativa são o aumento da
prostituição entre as estudantes e o aumento do sexo antes do casamento.
"Propusemos um teste de
virgindade para as estudantes de bacharelado (...) dentro do orçamento regional
de 2014", reconheceu Rasyid, afirmando "que toda mulher tem direito à
virgindade" e que espera que as alunas não façam "atos
negativos".
Um parlamentar indonésio que
integra a comissão de Educação, Dedi Gumilar, questionou a constitucionalidade
do plano.
"Por acaso temos uma lei que
estabeleça que os estudantes devem ser santos? Segundo nossa constituição todos
os cidadãos têm direito à educação", disse a legisladora em declaração ao
jornal The Jakarta Globe.
Por sua vez, o vice-presidente da
Comissão Nacional contra a Violência Machista, Masruchah, condenou a iniciativa
e ressaltou que "a moralidade de uma estudante não deve ser determinada
por seus genitais" e acrescentou que o corpo dessas jovens não pertence
aos políticos.
Apesar de todas as críticas que o
projeto gerou, o Ministério da Educação declarou que só pode aconselhar contra
o plano, mas que a última palavra dependerá da agência de Educação de
Prabumulih, já que tem autoridade para implantar esta classe de políticas.
A Indonésia, com 240 milhões de
habitantes, é o país com mais muçulmanos do mundo e a maioria deles professa um
islamismo moderado.
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