quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Boletim Fatos no Vestibular

UNESP 2013 (MEIO DE ANO) -  1ª fase

Boletim Fatos nº 1:

Pesquisa com a TAG Estupro, aqui no blog:

Link do caderno de questões da prova:

Página inicial do Vestibular de Meio de Ano 2013 - UNESP:
http://www.vunesp.com.br/VNSP1215/

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Milhões de beneficiários abandonam o Bolsa-Família voluntariamente


Do Pragmatismo Político – 11/05/2013

Dados fornecidos pelo ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome mostram que 1,69 milhão de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família deixaram espontaneamente o programa, declarando que sua renda já ultrapassava o limite de R$ 140 por pessoa. Estas famílias representam 12% de um total de 13,8 milhões de famílias atendidas. Os dados abrangem todo o período de existência do Bolsa Família, entre outubro de 2003 e fevereiro de 2013.
Os dados do ministério vão de encontro com a alegação dos críticos do Bolsa Família que o programa de transferência de renda estimula os beneficiados a não procurar emprego e melhores condições de vida.
De acordo com o secretário de Renda e Cidadania, Luís Henrique Paiva, estas famílias declararam ultrapassar a renda limite na atualização cadastral, realizada pelas prefeituras a cada dois anos. Por sua vez, a fiscalização excluiu 483 mil beneficiários flagrados com renda superior a permitida pelo programa.
Mãe de cinco filhos, a diarista Selma Patrícia da Silva, de 42 anos, é uma das beneficiadas que deixaram espontaneamente o Bolsa Família após melhorar sua condição de vida. Na época em que fazia bicos como doméstica, e o marido com pedreiro, Selma era beneficiária do Auxílio Gás, Bolsa Escola e Bolsa Família. Depois de construir a sua casa, a diarista decidiu devolver o cartão que garantia o benefício.
“Pensei assim: da mesma forma que serviu para os meus filhos, vai ajudar outras pessoas. Acho muita covardia a pessoa não necessitar e ficar recebendo. Entreguei o cartão na mão da primeira-dama (do município), que começou a chorar”, disse Selma em entrevista ao jornal O Globo.
Hoje, Selma, de Formosa (GO), trabalha como faxineira, fez cursos de artesanato e manicure nos últimos anos e costura bonecas e adereços de pano, vendidos em feiras na vizinhança.

Cartão Recomeço vai custear a recuperação de dependentes químicos

Da EBC – 09/05/2013

São Paulo - Dar continuidade ao processo de recuperação do dependente químico após o período de estabilização é o objetivo do Cartão Recomeço, lançado hoje (9) pelo governo estadual, que vai conceder R$ 1.350 por mês para custear a permanência de até 180 dias em comunidades terapêuticas.
"É uma iniciativa inovadora e, tecnicamente, muito consistente. Primeiro a pessoa estabiliza e depois ela precisa de alguns meses para recuperar a dignidade, readquirir alguns valores", explicou o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do programa e professor titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Laranjeira destaca que essa é uma etapa complementar ao período clínico. "O tratamento da dependência química, especialmente do crack, não se resume a um ou dois meses de internação. Você vai precisar de uma série de medidas. Um suporte para a pessoa recuperar o trabalho, a vida social. Esse é um processo mais complexo e tem que ser feito", disse. Para ele, esse trabalho pode ser assumido por entidades já qualificadas para esse tipo de atendimento.
O governador Geraldo Alckmin lembrou que o crack chegou ao Brasil no início dos anos 1990 e, em menos 25 anos, já tem caráter epidêmico. "O custo [do crack é menor] e [ele] é uma droga que vicia rapidamente. Além disso, traz consequências do ponto de vista da segurança. Estamos colhendo as consequências disso e não é permitido ao Estado se omitir diante de uma situação dessa", avaliou.
Alckmin destacou que, nessa ampliação do programa de enfrentamento ao crack, não serão credenciados hospitais, pois isso continua a ser responsabilidade do governo. "Estamos cuidando da parte social", explicou.
O estado dispõe de 1.004 leitos hospitalares exclusivos para tratamento de dependentes químicos, segundo o governo estadual. Com o cartão, o governo espera atender até 3 mil pessoas em comunidades terapêuticas, que funcionará como uma etapa seguinte à internação. Os recursos serão repassados à entidade, não havendo possibilidade do paciente acessá-los diretamente. Para participar do programa, os pacientes devem buscar os centros de Atenção Psicossocial (Caps), sob responsabilidade dos municípios.
A expectativa é que o cartão comece a funcionar em até 60 dias, em 11 cidades: Diadema, Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes. "O cartão veio como uma forma de agilizar a ampliação do programa para o interior", disse Rodrigo Garcia, secretário de Desenvolvimento Social, órgão responsável pelo credenciamento das instituições e pelo monitoramento das ações.
O credenciamento das comunidades terapêuticas para receber os recursos do cartão será feito por edital. Segundo Garcia, as instituições deverão obedecer algumas regras, como manter um departamento de recursos humanos com assistentes sociais, psicólogos e oficineiros. "Ao lado dos serviços que ela vai prestar, nós exigimos as instalações". Garcia informou que existem pelo menos 130 comunidades no estado que podem se qualificar para o atendimento.
De acordo com o secretário, já existe na capital esse modelo de atendimento, proporcionado pelo convênio direto com as comunidades terapêuticas. "É um modelo próprio. Temos hoje 270 vagas em 13 entidades diferentes localizadas no entorno de São Paulo".

Reduzir a maioridade penal é confissão de culpa do Estado - Opinião

Da Carta Capital - 07/05/2013

por Herson Capri (Opinião)

Depois de um homicídio executado por um menor de 18 anos em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) enviou ao Congresso um projeto de lei que amplia a punição para menores que praticarem delitos graves. O secretário de Segurança Pública do Estado, Fernando Grella, acha isso necessário “para proteger o cidadão de bem”. Ambos querem alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, um conjunto de normas de proteção aos menores, com respaldo internacional e da ONU e considerado uma das leis mais avançadas na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes. Alckmin e Grella preferem modificar essa lei a realizar políticas públicas de inclusão de crianças e adolescentes carentes exigidas pelo mesmo estatuto e que, com certeza, reduziria em muito os crimes praticados pelos jovens. Pelo posicionamento do governador de São Paulo e do seu secretário de Segurança, o “cidadão de bem”, aquele da classe média ou alta, engravatado, totalmente inserido no nosso contexto social, merece a proteção do Estado, já o menor abandonado, sem nenhuma condição de viver dignamente e que por isso acaba caindo na marginalidade, não merece a mesma atenção.
Há também movimentos para reduzir a maioridade penal. Essas alterações no ECA, se acontecerem, irão atingir principalmente aquele segmento já excluído que vive à margem da sociedade. A criança e o adolescente de classe média ou alta, a minoria, tem boa alimentação, uma educação muito melhor do que a da escola pública, a presença constante de familiares, tem acesso às informações, à cultura, ao lazer, enfim, à dignidade. Coisas que fazem a diferença e que não estão presentes em medida aceitável nas classes mais baixas nas quais os pais estão lutando pela sobrevivência, ou muitas vezes desempregados, às vezes optando por atividades ilegais, e os seus filhos ficam à deriva nas escolas públicas ainda deficientes e à mercê de oportunidades lucrativas, porém espúrias. Esses jovens mais pobres são a maioria e se deparam com uma política pública quase nula para essa faixa de idade, com poucas exceções. Essa exclusão fica bem clara com a constatação de que 92% dos municípios brasileiros não têm cinema, nem teatro, nem museu. Então aonde o jovem vai se expressar, se manifestar, adquirir cultura e se enturmar de forma saudável?
Se em alguns países a maioridade penal se dá em idade menor do que a nossa é porque há políticas públicas eficientes, o jovem tem amparo de fato por parte do Estado. No nosso caso há a previsão na lei, mas não há o fato. Segundo o Art. 4º do ECA “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.”
A questão mais importante não é a idade penal ou a pouca punição. A proteção dos jovens vítimas do abandono é, reconhecidamente, o melhor caminho para se evitar a delinquência juvenil. Se houver a redução da maioridade penal ou alteração nas penas já estabelecidas, estaremos tapando o sol com a peneira e eximindo a sociedade e o poder público de qualquer culpa. E a culpa maior é do Estado, que não cumpre a lei. Ninguém seria contra a redução da idade penal ou o aumento das punições para menores delinquentes se os governantes tivessem cumprido com as suas obrigações legais, se houvesse democracia de fato para essas crianças.
A sensação que fica nestas tentativas de modificar uma lei exemplar é a mesma dos nazistas: se os judeus supostamente atrapalham a economia, morte aos judeus. Ou como aconteceu no Rio de Janeiro, numa certa época: os mendigos estão poluindo o visual da cidade, prendam-se os mendigos. Ou como no massacre do Carandiru: os presos empilhados em condições desumanas se revoltaram e... Deu no que deu. Massacre. A solução mais fácil, mais burra e mais cruel.
Chama atenção o argumento de que a criminalidade dos menores está aumentando gradativamente nos últimos anos. Como se esse aumento fosse uma mostra da necessidade da redução da maioridade penal. Essa não é uma análise do fato com a retidão necessária. É claro que a criminalidade do menor está aumentando, mas é claro também que o motivo é o abandono, que só aumenta. Preferem investir maciçamente em segurança. Para eles, faz muito sentido.
Realmente, ao se cuidar da infância pobre, de concreto e de imediato não se ganha nada do ponto de vista material e pouco do ponto de vista eleitoral. Mas se é esse o objetivo de um político, de um governante, obter vantagens, que se reduza a maioridade penal e que se aumente a penalização dos nossos adolescentes. Seria até melhor declarar em alto e bom som: as crianças e adolescentes que não tem condições de ter uma boa vida, que se lixem!
Pois é o que alguns adolescentes estão fazendo: eles estão se lixando! O feitiço está virando contra o feiticeiro. Se os “homens de bem” não fizeram o dever de casa, como exigir que menores esfomeados e desesperados façam os seus?

Herson Capri é ator.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Concentração de CO² atinge seu mais alto nível em 4 milhões de anos, alerta ONU


Do site da ONU Br – 14/05/2013

No contexto atual de “perigo claro e presente”, depois das concentrações de dióxido de carbono do mundo ter superado seu mais alto nível em 4 milhões de anos, o organismo de combate à mudança climática das Nações Unidas alerta que uma resposta conjunta e melhorada é necessária para afastar os impactos das mudanças climáticas.
“O mundo precisa acordar e entender o que isso significa para o desenvolvimento econômico, a segurança e o bem-estar humano”, disse a secretária-executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC), Christiana Figueres.
“No contexto atual do perigo claro e presente, precisamos de uma resposta política que verdadeiramente lide com o desafio”, adicionou, pedindo uma “resposta melhorada em todos os três pilares centrais de ação: por parte da comunidade internacional, por parte dos governos em todos os níveis e pelos responsáveis pelos negócios e finanças.”
A declaração foi feita após o anúncio de que a concentração global do dióxido de carbono preso pelo calor na atmosfera ultrapassou na semana passada a marca das 400 ppm (partes por milhão).
A última vez que as concentrações de carbono haviam atingido essa marca foi durante uma época chamada de Plioceno, quando a temperatura diária era muito mais quente, as calotas polares menores e o nível do mar era até 25 metros mais alto, há 4 milhões de anos.
Neste cenário, os governos se reunirão durante duas semanas — a partir do dia 3 de junho, em Bonn, Alemanha — para a próxima rodada de negociações sobre o tema, sob coordenação da UNFCCC. O foco central será de negociações para a construção de um novo acordo climático global e para a efetivação de ações em relação ao tema.

Anúncio contra abuso infantil só é visto por crianças


Da Info – 08/05/2013

São Paulo – Uma organização espanhola criou um outdoor que traz anúncios diferentes para crianças e adultos simultaneamente. A ideia é transmitir a mensagem para que as crianças vítimas de abusos consigam pedir ajuda com segurança.
A organização Aid to Children and Adolescents at Risk Foundation, ou ANAR, criou o anúncio por meio de uma camada superior lenticular. Isso significa que o cartaz mostra imagens diferentes de acordo com o ângulo de visão do leitor.
Quando um adulto maior de 1,35 metros olha a imagem vê apenas uma criança triste e a seguinte mensagem: “às vezes, o abuso infantil é visível apenas para a criança que sofre”. No entanto, a criança que olha o anúncio vê feridas no rosto do menino e uma mensagem diferente com o telefone da fundação: “se alguém te machucar, nos ligue e te ajudaremos”.
O anúncio pode ajudar, principalmente, crianças acompanhadas do agressor. Se a criança estiver acompanhada do criminoso no momento que ver o anúncio, apenas ela conseguirá visualizar a mensagem.

Pesquisa da USP mostra desinteresse de alunos em seguir o magistério


Da Agência Brasil – 05/05/2013

Brasília – Uma pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) mostra que metade dos alunos de licenciatura nas áreas de matemática e física não pretende ou tem dúvidas quanto a seguir a carreira de professor de educação básica. Dos que cursam licenciatura em física, 52% não pretendem ser professores ou tem dúvidas. Em matemática, o percentual é 48%. A pesquisa ouviu um total de 512 estudantes recém-ingressantes da USP, incluindo também alunos de pedagogia e medicina.
A pesquisa Atratividade do Magistério para a Educação Básica: Estudo com Ingressantes de Cursos Superiores da USP, da pedagoga e mestre em educação pela Faculdade de Educação da USP Luciana França Leme selecionou as duas disciplinas de licenciatura em função da escassez de professores nas áreas de exatas. A estimativa do Ministério da Educação (MEC) é que o déficit de professores nas áreas de matemática, física e química seja de cerca de 170 mil.
A baixa remuneração do magistério, as más condições de infraestrutura das escolas e o desprestígio social da profissão estão entre os motivos apontados pelos estudantes para a falta de interesse em seguir a carreira. Segundo a pedagoga, a dificuldade de implementar em sala de aula o ensino da matemática e da física e a concorrência com profissões como as do mercado financeiro também afastam das salas de aula quem se forma nessas áreas.
“Pesquisados disseram que escolheram o curso porque gostam de matemática e física. Mas gostar é uma coisa, outra é o ensino dessas matérias que engloba habilidade como o pensar a matemática, as ciências, e saber ensinar a matemática e verificar como o aluno está aprendendo”, destacou. “Outro fator é o mercado de trabalho. Um aluno formado na USP, nessas disciplinas, pode trabalhar com pesquisa, pós-graduação, no mercado financeiro. A profissão de docente acaba concorrendo com outras opções”, disse Luciana França Leme. A questão de gênero também é apontada pela pesquisadora. “Física e matemática tem muitos alunos homens e as mulheres seguem mais a carreira de professor.”
Na avaliação da pesquisadora, reverter esse quadro de desinteresse pelo magistério requer um plano de atratividade com metas claras e de longo prazo. “É importante uma articulação de vários fatores, igualar os salários com os de profissionais com a mesma formação, reconhecimento e fortalecimento profissional, e despertar o interesse pela profissão ao longo da vida estudantil”, disse.
A carência de professores nas áreas de exatas como matemática, física, química e biologia é uma preocupação do Ministério da Educação (MEC) que elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair os estudantes a seguirem o magistério nessas áreas. O programa terá oferta de bolsas de auxílio e parceria com universidades, como adiantou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, em abril.

Brasileiro Roberto Azevêdo é eleito diretor-geral da OMC, diz fonte


Da Reuters – 07/05/2013

GENEBRA - O diplomata brasileiro Roberto Azevêdo foi eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), no dia 07, terça-feira, após os resultados da disputa para suceder o francês Pascal Lamy, apresentados em reunião confidencial.
Azevêdo derrotou o ex-ministro do Comércio mexicano Hermínio Blanco na competição de três rodadas, tornando-se o primeiro latino-americano a chefiar o grupo comercial desde sua criação em 1995.
Fontes envolvidas no processo disseram que a campanha de Blanco ganhou força após o mexicano conquistar, com margem estreita, o apoio da União Europeia. Mas a UE deixou claro que poderia aceitar qualquer um dos candidatos, concedendo a Azevêdo apoio mais amplo em meio aos 159 membros da OMC.
O resultado da competição de seis meses, que atraiu nove candidatos - maior número na história da OMC - será anunciado formalmente na quarta-feira. Azevêdo deve ser confirmado como vencedor em uma reunião em 14 de maio.
Ele assumirá o cargo hoje ocupado por Lamy em 1o de setembro e enfrentará quase imediatamente um batismo de fogo --a reunião bianual de ministros da OMC, que ocorrerá em Bali em dezembro.
A organização baseada em Genebra enfrenta dificuldades para alinhar um acordo para Bali, apesar de reduzir fortemente suas ambições após fracassar em seus esforços de dez anos para concluir a rodada de Doha de discussões sobre liberalização comercial.
O acordo em Bali tem o objetivo de reduzir a burocracia ao padronizar procedimentos alfandegários, levando a um possível impulso de trilhões de dólares à economia mundial, introduzindo ao mesmo tempo novas regras para promover segurança de alimentos e concessões para países mais pobres.

Mortes por gripe aviária sobem para 27 na China


Do Exame.com – 02/05/2013

Pequim - Um homem de 55 anos morreu na região central da China em decorrência de um novo tipo de gripe aviária, elevando a 27 o total de vítimas fatais por causa do misterioso vírus H7N9, disse a agência estatal de notícias Xinhua na quinta, dia 02.
O vírus, que já contaminou 127 pessoas na China, é uma ameaça à saúde mundial e deve ser levado a sério, disseram cientistas na quarta-feira.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), com sede em Genebra, descreveu o H7N9 como "um dos mais letais" vírus de gripe, mas disse que por enquanto não há indícios de transmissão entre humanos.
A nova vítima, identificada pela Xinhua apenas como Jiao, vendia porco cozido e foi diagnosticado com o vírus em 26 de abril. Ele morreu na província de Hunan.
Até agora, 26 pessoas se recuperaram depois de contrair o vírus, segundo a Xinhua.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Aos 87 anos, morre Margaret Thatcher, a mãe do neoliberalismo

O Povo - 09/04/2013

Os três mandatos consecutivos de Margaret Thatcher (1925-2013) foram um laboratório para o mundo. De 4 de maio de 1979 a 22 de novembro de 1990, a britânica de Grantham, que morreu ontem de derrame cerebral, pôs em prática o neoliberalismo que iria se espalhar pela América Latina nos anos 1990 e atingir o Brasil.
Por isso, mesmo de extração conservadora, ela é considerada por muitos como uma figura inovadora - e extremamente controversa. Quando assumiu o cargo de primeira-ministra, a economia inglesa cambaleava. Vinha de um modelo que havia dado certo por muito tempo, mas já dava sinais de “esgotamento”: fortes investimentos públicos, em obras e seguridade social, desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O novo liberalismo opunha-se a esse Estado de bem-estar social. A ideia, então, era aplicar austeridade nos gastos do governo, além de cortar impostos e taxas, para que a iniciativa privada inglesa pudesse acabar mais lucrativa e menos regulada. Nessas mudanças também, muitas empresas públicas - como abastecimento de água, eletricidade e ferrovias - foram privatizadas, desregulamentando a força e o papel do Estado.
O resultado foi uma quebradeira de empresas, disparada do desemprego e da inflação. Não à toa, em dezembro de 1980, Thatcher viu sua popularidade atingir níveis alarmantes: 23%. Mas a disputa com a Argentina pelas Ilhas Malvinas, em 1982, às vésperas da eleição, fizeram o fervor nacionalista inglês pender em prol da primeira-ministra.
Reeleita, aprofundou as reformas. Foi nesse período que saiu das mãos do Estado a maioria das indústrias. “Essa diminuição do Estado no sentido social vem com um processo de liberalização das relações trabalhistas, inclusive com polícia na rua contra reivindicações sindicais”, afirma o professor do departamento de Teoria Econômica da Universidade Federal do Ceará (UFC), André Ferreira.

Morre Margaret Thatcher, ícone de ferro do liberalismo


Da Veja – 08/04/2013

Primeira-ministra da Grã-Bretanha por quase 12 anos, ela encolheu o governo e recuperou a prosperidade do país com uma receita admirada em todo o mundo

Os soviéticos a apelidaram de “Dama de Ferro”. O ex-presidente americano Ronald Reagan a chamou de “o melhor homem da Inglaterra”. O socialista francês François Mitterand a definiu por seus “olhos de Calígula e lábios de Marilyn Monroe”. Na ficha de seleção para um emprego, ela foi rejeitada por ser “teimosa, obstinada e perigosamente dona de opiniões próprias”. Margaret Thatcher, primeira-ministra da Grã-Bretanha que mais tempo permaneceu no cargo no século passado, morreu nesta segunda-feira, aos 87 anos, deixando um papel bem definido na história: o de líder da revolução liberal que, na década de 1980, desmontou programas sociais deficitários, cortou impostos e gastos públicos, privatizou estatais perdulárias e tirou da paralisia a economia britânica para, depois, se espalhar pelo mundo. A causa da morte da ex-premiê, segundo seu porta-voz, lorde Bell, foi um derrame cerebral.

Presidente da Nestlé diz que água deve ser privatizada


Do Brasil de Fato – 24/04/2013

Peter Brabeck-Letmathe, um empresário austríaco que é presidente do grupo Nestle desde 2005, afirma que é necessário privatizar o fornecimento da água. Isso para que nós, como sociedade, tomemos consciência de sua importância e acabássemos com o subpreço que se produz na atualidade.
Palavras sujas que provocaram estupor, sobretudo quando se tem em conta que a Nestlé é a líder mundial na venda de água engarrafada. Um setor que representa 8% de seu capital, que em 2011 totalizaram aproximadamente 68,5 bilhões de euros.

Fica a dica


Imprensa Marrom
Pouca gente sabe o berço dessa expressão que designa o jornalismo sensacionalista. Surgiu inspirada na expressão americana yellow press, que apareceu no final do século 19 quando dois jornais novaiorquinos disputavam a primazia de publicar, com exclusividade, a tira de histórias em quadrinhos As Aventuras de Yellow Kid, o herói amarelo. A baixaria foi tão grande que o amarelo do nome do cobiçado personagem virou sinônimo de imprensa sem escrúpulos.
Em 1959, o jornalista Alberto Dines, ao produzir matéria sobre o suicídio de um cineasta que vinha sendo chantageado por uma revista com o sugestivo nome de Escândalo - useira e vezeira em extorquir dinheiro de pessoas fotografadas em situações comprometedoras - deu-lhe o título de "Imprensa Amarela Leva Cineasta ao Suicídio". Imediatamente o chefe de reportagem do veículo, Calazans Fernandes, fez o ácido comentário: “O amarelo é uma cor bonita, está até na bandeira nacional. Não merece ser usado numa notícia como essa. Vamos mudar para o marrom, que é escuro e lembra sujeira”.



Imprensa chapa-branca
O debate sobre o jornalismo é antigo e já tem resposta: a lei deve garantir que a imprensa seja livre. A qualidade da informação depende da sociedade e – me perdoem o palavrão – do mercado.
Considerem, por exemplo, a imprensa chapa-branca, aquela que vive do dinheiro do governo, transferido via publicidade ou benefícios fiscais. O jornalismo que sai daí obviamente não é livre. Do mesmo modo, as empresas que o veiculam não têm consistência econômica – pois não sobrevivem fora das verbas públicas, cuja doação depende dos governantes de plantão – e, assim, também não podem ser independentes e isentas.
É engraçado: a imprensa chapa-branca produz jornalismo marrom – que privilegia uma determinada visão dos fatos, aquela sustentada pelo seu patrocinador. Além do governo, o patrocinador pode ser um partido, um político ou uma igreja, conforme se vê na experiência brasileira dos últimos tempos. O que há de comum entre todos é a vinculação com alguma instância de governo, municipal, estadual e/ou federal.
O que distingue essa imprensa daquela livre e independente é o público e, de novo, o mercado. Jornalismo é caro. Por isso, produzir e veicular notícias tem que ser encarado como um negócio e uma missão.

Calvin e Haroldo


Índios exigem revogação de projetos contrários a seus interesses


Da Agência Brasil – 16/04/2013

Centenas de índios de diversas etnias lotaram no dia 16 de abril o Plenário 1 da Câmara dos Deputados para exigir que os Poderes Executivo e Legislativo suspendam ou revoguem todos os decretos e projetos de lei em vigor ou em discussão considerados contrários aos interesses dos povos indígenas.
Classificados como “a cara da resistência” pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), os índios criticaram o que o deputado Domingos Dutra (PT-MA) denominou como “momento negro” vivido pelos movimentos sociais, sobretudo o indígena. Dutra sugeriu que os índios permanecessem pacificamente na sala até que suas reivindicações fossem atendidas. Encaminhada pelas lideranças indígenas, a sugestão foi aprovada caso o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), não apresente uma resposta satisfatória ao fim da reunião com líderes partidários.
“O branco não está nos respeitando; está nos matando e temos que elaborar um documento para entregarmos à presidenta Dilma [para que] ela nos respeite”, declarou o cacique Raoni Metuktire, líder caiapó da Amazônia, durante os protestos pela revogação imediata da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00.
A PEC 215 prevê a transferência do Poder Executivo para o Congresso Nacional da palavra final sobre a demarcação, titulação e homologação de terras indígenas e quilombolas. Na avaliação do movimento indígena, a iniciativa, se aprovada, vai inviabilizar, ou, no mínimo, retardar a demarcação de novas reservas.
Os índios também apontam como contrárias aos seus interesses mais duas iniciativas parlamentares: o Projeto de Lei (PL) 1.610 , de 1996, que aprova a exploração de recursos minerais em terras indígenas, e a PEC 237, deste ano, que torna possível a concessão de terras indígenas a produtores rurais.

Índios X Caciques

Revista Veja – Edição nº 2318 – 24 de abril de 2013

Na terça, dia 16, o líder do PT, José Guimarães, e o do PV, Sarney Filho, entraram no gabinete do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB). Assustados, relataram que índios armados com bordunas e arco e flecha haviam ocupado o salão verde da Casa e rumavam na direção do plenário. Os deputados pediram ao presidente que adiasse a instalação de uma comissão que analisará a proposta que tira da Funai o poder para demarcar as terras indígenas, transferindo-o para o Congresso - justamente a medida que causava o protesto. Logo após o diálogo, centenas de índios de diversas etnias invadiram o plenário e se sentaram nas cadeiras dos deputados, provocando uma barata-voa de excelências nunca antes vista na história do país. Foi o suficiente para o presidente aceitar a sugestão dos colegas.
Temendo um confronto entre índios e seguranças e considerando a ameaça do deputado Abelardo Lupion (DEM), que prometera levar 1.000 homens armados à Câmara para se contrapor aos índios, Alves prorrogou a instalação da comissão em seis meses. Fez, portanto, o que os índios queriam. Os índios têm o direito de se manifestar, mas devem respeito às regras, inclusive às de boa convivência. O mais grave é que eles foram insuflados pela própria Funai a abortar na marra o debate de um projeto. Foram funcionários do órgão que organizaram a manifestação.
“Muitos índios são servidores da Funai e estão nos ajudando”, confessou o cacique Natanael Munduruku. A foto dos índios tomando de assalto o plenário só ajuda a fomentar lendas indigentes segundo as quais trombamos com macaquinhos a cada esquina. Além disso, arranha a imagem da nossa democracia, que, gostem ou não, vale sim para todos no Brasil.

O PT desafia a Constituição para se perpetuar no poder


Da Veja – 27/04/2013

Aprovada pelo Comitê de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira, 24, a Proposta de Emenda à Constituição número 33 do deputado Nazareno Fonteles (PT-PI) é um golpe para tentar desestabilizar a harmonia entre os três Poderes – e uma tentativa de o governo se perpetuar no poder. No texto da PEC 33, as decisões mais importantes do Supremo Tribunal Federal terão que ser submetidas ao Congresso. É como se a autonomia do STF para condenar os 25 mensaleiros tivesse que ser confirmada pelos parlamentares. Fonteles não está nem um pouco interessado na harmonia entre os Poderes, mas em dar um golpe na Constituição. O deputado petista - com apoio do governo - deu vida à criação de PTópolis, o país imaginário que os bolivarianos sonham criar no Brasil para que os réus e radicais do PT condenados à prisão continuem livres da prisão.

STF: relator tucano da PEC constrange o PSDB


Do Blog do Josias (UOL) – 29/04/2013

A presença de um tucano no epicentro da encrenca que opôs o Congresso ao STF provocou mal-estar e constrangimento no PSDB. Expoente do tucanato de Goiás, o deputado João Campos relatou a proposta de emenda anti-STF de autoria do petista Nazareno Fonteles, do Piauí. Fez isso sem comunicar ao partido.
Primeiro vice-líder do PSDB na Câmara, João Campos tornou-se alvo do líder da legenda, Carlos Sampaio (SP). Em mandado de segurança ajuizado no STF, Sampaio se insurge contra a aprovação do relatório do correligionário na Comissão de Constituição e Justiça. Pede que a tramitação da emenda, liberada na comissão, seja sustada.
João disse ao líder do seu partido que atuou como relator da encrenca em caráter pessoal, não partidário.