Da Folha – 16/02/2013
A constatação de que tem crescido
a presença de latino-americanos usados em trabalhos degradantes levou a
Prefeitura de Americana/SP a anunciar, no fim de janeiro, um projeto para
mapear as famílias e combater a exploração. "Somente no sistema de saúde temos
90 famílias bolivianas cadastradas e percebemos que esse número vem crescendo,
mas muitos vivem no anonimato e servindo como mão de obra escrava", disse
o secretário de Cidadania, Valdecir Duzzi. "Precisamos resgatar a
dignidade das pessoas que vivem nessas senzalas bolivianas."
O aumento da fiscalização sobre
oficinas clandestinas na capital é um dos motivos para um crescimento
verificado desde 2008 na presença de bolivianos na região de Americana, segundo
Ivone Aranha, presidente do Núcleo de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas de São Paulo, órgão da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania. "Para
fugir da fiscalização, essas oficinas de costura se espalharam pela periferia
da capital e pelo interior do Estado, principalmente na região metropolitana de
Campinas", afirma.
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