Do Estadão – 24/01/2013
Apenas no tempo que você gasta
para ler esta frase, cerca de R$ 84 mil são gerados na cidade de São Paulo.
Segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Estado de São Paulo (FecomercioSP), a capital gera aproximadamente R$ 14 mil de
riqueza a cada segundo. O cálculo considera o Produto Interno Bruto (PIB) do
município de 2010, o último dado divulgado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o PIB da cidade somou R$
443,6 bilhões, o que representa 87% da economia da região Nordeste, 65% da Sul
e 21% de todo o Sudeste. Além de 12% de toda a atividade econômica do Brasil.
De acordo com o estudo, caso a capital fosse considerada um país, ocuparia a
36ª posição entre os maiores PIBs do mundo, superando nações como Portugal,
Finlândia e Hong Kong.
"O mercado consumidor de São
Paulo é muito rico. O valor que as famílias paulistanas gastam, por exemplo, é
quase o mesmo que o total consumido em todo o Estado do Rio de Janeiro",
destaca Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP.
Segundo ele, a capital é chamariz
para empresas e investimentos devido à questão logística, ao mercado consumidor
e ao fato de ser o centro financeiro do Brasil. "A cidade está próxima do
porto de Santos e de grandes aeroportos, tem as melhores estradas do País e um
anel viário. Tudo passa por aqui", destaca Dietze.
O município é sede de 63% dos
grupos internacionais instalados no Brasil e de 17 dos 20 maiores bancos.
Tanta pujança, contudo, tem uma
contrapartida. À medida que a demanda cresce, o preço de imóveis e aluguéis
acompanha. "O custo aqui é abusivo, o que dificulta a vida dos pequenos
empreendedores", diz o assessor da FecomercioSP.
Apesar do destaque no cenário
internacional, a cidade de São Paulo ainda fica bem para trás quando comparada
aos principais Estados dos EUA. A Califórnia, que ocupa o topo da lista, tem um
PIB de US$ 1,88 trilhão, contra US$ 252,1 bilhões da capital paulista (em
valores convertidos pela cotação média anual do dólar em 2010).
"A economia norte-americana
tem um imenso mercado gastador, além de incentivos à indústria e à inovação e
impostos muito mais baixos. Isso sem falar no mercado financeiro e no imenso
movimento de turistas. Ainda estamos distantes dessa realidade, mas caminhando
para isso", afirma Dietze.
Nenhum comentário:
Postar um comentário