Da Agência Brasil – 18/03/2013
Histórico de consumo abusivo de
álcool, síndrome de abstinência e manutenção do uso, mesmo com problemas
físicos e sociais relacionados, é o tripé que caracteriza a dependência em
álcool, segundo a psiquiatra Ana Cecília Marques, professora da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp). Levantamento feito em 2005 pelo Centro
Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Unifesp, e
pela Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), mostra que o uso do álcool
prevalece entre os homens em todas as faixas etárias. Mais de 80% deles
declararam fazer uso de álcool. Entre as mulheres, o percentual cai para 68,3%.
No que diz respeito à
dependência, eles também estão na frente. O índice de dependentes do sexo
masculino (19,5%) é quase três vezes o do sexo feminino (6,9%). A faixa etária
de 18 a 24 anos, por sua vez, apresenta os maiores índices, com 27,4% de
dependentes entre os homens e 12,1% entre as mulheres.
O tratamento da doença, que
atinge cerca de 5,8 milhões de pessoas no país, segundo o levantamento não é
fácil: dura pelo menos um ano e meio em sua fase mais intensiva e tem índice de
recaída de cerca de 50% nos primeiros 12 meses.
Em relação às outras drogas, a
psiquiatra informou que o tratamento da dependência de álcool se diferencia
principalmente na primeira fase, que dura em média dois meses. "Cada
substância tem uma forma de atuar no cérebro, portanto, vai exigir,
principalmente na primeira fase do tratamento, diferentes procedimentos
farmacológicos para que a gente consiga promover a estabilização do
paciente", explica.
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