Do Terra – 27/06/2013
O Senado dos Estados Unidos
aprovou no dia 27, por 68 votos contra 32, a maior reforma migratória desde
1986, que abre a via para a legalização e eventual de cidadania da população
sem documentos, após quase um mês de debate. Embora para entrar em vigor a
reforma requeira que a Câmara dos Representantes (Deputados) se pronuncie, e
nela a oposição republicana é majoritária, o voto na quinta no Senado aumenta
enormemente a pressão a favor de um acordo.
Quatorze senadores republicanos
votaram a favor, incluindo o senador pela Flórida, Marco Rubio, figura
ascendente do partido conservador, de quem se diz que poderia concorrer à
Presidência dos EUA em 2016. Todos os democratas, majoritários na Câmara Alta,
apoiaram a proposta legislativa.
A reforma migratória, negociada
no Senado por quatro democratas e quatro republicanos, condiciona a legalização
dos imigrantes ilegais à segurança de fronteira; aumenta drasticamente a
vigilância na fronteira, e estabelece medidas para controlar futuros fluxos
migratórios. O voto pôs fim a três semanas de um intenso debate no plenário do
Senado, que refletiu as divisões ideológicas em torno de como frear a imigração
ilegal rumo aos EUA.
Pouco depois da aprovação no
Senado, o presidente Barack Obama pediu que a Câmara dos Representantes vote a
favor da reforma. Hoje, "com um forte voto bipartidário", o Senado
"deu um passo crítico que nos obriga a regular nosso quebrado sistema de
imigração de uma vez por todas", destacou Obama em um comunicado divulgado
pela Casa Branca.
O projeto aprovado pelo Senado
foi resultado de um "compromisso" e "é consistente com os
princípios fundamentais para uma reforma de bom senso que eu e muitos outros
estabelecemos em repetidas ocasiões", declarou o presidente americano.
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