Do Correio Braziliense –
23/04/2013
Os 23 policiais militares
condenados, cada um, a 156 anos de prisão por participação no Massacre do
Carandiru — em que 111 presos foram mortos, em 1992 —, devem ficar soltos por,
pelo menos, cinco anos, até que todos os recursos sejam julgados. A advogada de
defesa dos PMs, Ieda Ribeiro de Souza, disse nessa segunda-feira (22/4) ao
Correio que pediu anulação do júri ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
“A minha intenção não é reduzir a pena, mas conseguir a absolvição dos
policiais. Vou até a última instância com o pedido de anulação do júri”,
assegurou. Para o jurista Luiz Flávio Gomes, dificilmente os réus serão
inocentados.
“A acusação e o caso desses
policiais são situações diferentes da do coronel Ubiratan”, exemplificou,
citando o caso do único réu condenado até agora pelo massacre. Julgado em 2001,
o coronel pegou mais de 600 anos de prisão por ter comandado a invasão da
polícia ao Presídio do Carandiru. No julgamento dos recursos, porém, acabou
inocentado. O comandante foi assassinado em 2006, em circunstâncias ainda não
esclarecidas.
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