quarta-feira, 24 de abril de 2013

Defesa dos PMs do Massacre do Carandiru pede anulação do julgamento

Do Correio Braziliense – 23/04/2013

Os 23 policiais militares condenados, cada um, a 156 anos de prisão por participação no Massacre do Carandiru — em que 111 presos foram mortos, em 1992 —, devem ficar soltos por, pelo menos, cinco anos, até que todos os recursos sejam julgados. A advogada de defesa dos PMs, Ieda Ribeiro de Souza, disse nessa segunda-feira (22/4) ao Correio que pediu anulação do júri ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). “A minha intenção não é reduzir a pena, mas conseguir a absolvição dos policiais. Vou até a última instância com o pedido de anulação do júri”, assegurou. Para o jurista Luiz Flávio Gomes, dificilmente os réus serão inocentados.
“A acusação e o caso desses policiais são situações diferentes da do coronel Ubiratan”, exemplificou, citando o caso do único réu condenado até agora pelo massacre. Julgado em 2001, o coronel pegou mais de 600 anos de prisão por ter comandado a invasão da polícia ao Presídio do Carandiru. No julgamento dos recursos, porém, acabou inocentado. O comandante foi assassinado em 2006, em circunstâncias ainda não esclarecidas.

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