quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Educação no trânsito reduz mortes em Londres; SP não atinge meta


Da Folha - 28/01/2013

As mortes de pedestres nas ruas da capital britânica caíram de uma média anual de 136, registrada na década de 1990, para 77 em 2011. A melhoria da sinalização é apontada como uma das principais causas da mudança, ao lado de campanhas educativas e do aumento da participação da sociedade na gestão do trânsito. Imortalizadas pelo Beatles, as faixas horizontais têm sumido das ruas mais movimentadas de Londres, dando espaço, no chão, a discretas linhas pontilhadas que mostram o lugar certo para atravessar.
Segundo o jornal "The Guardian", mais de mil faixas horizontais sumiram da paisagem britânica entre 2006 e 2010. No último ano, elas já haviam sido reduzidas a 51% do total de travessias na cidade, de acordo com a Transport for London. A mudança é aprovada por engenheiros de tráfego e representantes de entidades de defesa dos pedestres.
"Analisamos o fluxo das ruas para verificar o melhor tipo de travessia para cada uma delas", diz Kathryn King, responsável pela gestão de tráfego na região de Kensington e Chelsea.
Se Londres está apagando as faixas, em São Paulo o movimento é o contrário. Somente na gestão Gilberto Kassab (PSD), que governou São Paulo entre (2006-2012) foram pintadas ou recuperadas 20.266 faixas de pedestre - a cidade tem por volta de 80 mil delas, distribuídas nos 17 mil km de vias.
O trabalho integrou a campanha de proteção ao pedestre, lançada com a meta de reduzir as mortes em 50%. Mas, de acordo com o último balanço, com dados de janeiro até agosto, as mortes haviam caído apenas 12%.
Para especialistas, a cidade ainda não atingiu o nível dos países desenvolvidos e precisa de mais faixas. "Elas são fundamentais para a segurança. Outra questão é a visibilidade, como os pedestres podem ser vistos pelos motoristas", afirma Gordon Smith, professor da Universidade de Maryland (EUA).

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