Da Folha - 28/01/2013
As mortes de pedestres nas ruas
da capital britânica caíram de uma média anual de 136, registrada na década de
1990, para 77 em 2011. A melhoria da sinalização é apontada como uma das
principais causas da mudança, ao lado de campanhas educativas e do aumento da
participação da sociedade na gestão do trânsito. Imortalizadas pelo Beatles, as
faixas horizontais têm sumido das ruas mais movimentadas de Londres, dando
espaço, no chão, a discretas linhas pontilhadas que mostram o lugar certo para
atravessar.
Segundo o jornal "The
Guardian", mais de mil faixas horizontais sumiram da paisagem britânica
entre 2006 e 2010. No último ano, elas já haviam sido reduzidas a 51% do total
de travessias na cidade, de acordo com a Transport for London. A mudança é
aprovada por engenheiros de tráfego e representantes de entidades de defesa dos
pedestres.
"Analisamos o fluxo das ruas
para verificar o melhor tipo de travessia para cada uma delas", diz
Kathryn King, responsável pela gestão de tráfego na região de Kensington e
Chelsea.
Se Londres está apagando as
faixas, em São Paulo o movimento é o contrário. Somente na gestão Gilberto
Kassab (PSD), que governou São Paulo entre (2006-2012) foram pintadas ou
recuperadas 20.266 faixas de pedestre - a cidade tem por volta de 80 mil delas,
distribuídas nos 17 mil km de vias.
O trabalho integrou a campanha de
proteção ao pedestre, lançada com a meta de reduzir as mortes em 50%. Mas, de
acordo com o último balanço, com dados de janeiro até agosto, as mortes haviam
caído apenas 12%.
Para especialistas, a cidade
ainda não atingiu o nível dos países desenvolvidos e precisa de mais faixas.
"Elas são fundamentais para a segurança. Outra questão é a visibilidade,
como os pedestres podem ser vistos pelos motoristas", afirma Gordon Smith,
professor da Universidade de Maryland (EUA).
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